Com o intuito de promover a cidadania das pessoas que praticam o grafite, ao mesmo tempo em que promove essa arte transgressora a outros pontos da cidade, o Projeto Guernica foi criado na gestão do prefeito Célio de Castro. Ter cidadania é ter direito à cidade, e ter direito à cidade é também ter direito à paisagem. Com o surgimento do Hip Hop, movimento de resistência cultural surgido nos guetos de negros da América do Norte, o grafite ganhou a cidade. O importante é dialogar com os vários setores da cidade para promover a consciência do que é patrimônio público e do que não é. O grafite embeleza a cidade com a arte da periferia, são pontos turísticos cheios de beleza, que não estão nos guias de turismo oficial.

A Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte acolhe a demanda de cidadãos que desejam aprender e aperfeiçoar a arte do grafite. O Projeto Guernica é coordenado pelo engenheiro José Márcio, com o apoio do Artista plástico Cristiano Coelho e de vários grafiteiros de Belo Horizonte, em oficinas que acontecem em vários pontos da cidade, de forma descentralizada. A divulgação do grafite, uma arte transgressora surgida no movimento hip hop, ajuda a valorizar a cultura da periferia, ao mesmo tempo que promove a consciência da valorização do patrimônio cultural.

O graffiti só existe na rua, pois essa arte é uma doação do artista para a paisagem da cidade. Ele existe no espírito de aventura. Enquanto houver arte, ele será um presente para a cidade. Quando o trabalho de um grafiteiro ganha uma galeria ou museu, ele deixa de ser um graffiti e vira uma arte baseada no graffiti.